A desidratação em bezerros é um problema crítico, especialmente nos primeiros dias de vida, quando o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Nessa fase, eles estão mais suscetíveis a infecções por protozoários, bactérias e vírus. Um sinal importante a ser monitorado é a diarreia, que pode rapidamente levar à perda significativa de fluidos.
Pesquisas indicam que bezerros com diarreia podem perder até 12% do peso corporal em líquidos em um único dia. Isso resulta em desequilíbrios eletrolíticos que, se não tratados prontamente, podem ser fatais.
Os sinais de desidratação incluem olhos fundos, perda da elasticidade da pele, mucosas secas e redução de peso. Práticas inadequadas, como a suspensão do leite, agravam o quadro. Apesar da reposição de eletrólitos ser crucial, o leite continua sendo uma fonte vital de energia e nutrientes para a recuperação.
O tratamento inclui a administração de soluções eletrolíticas, que podem ser preparadas na fazenda ou adquiridas comercialmente. Essas soluções geralmente contêm bicarbonato de sódio, glicose, sal e cloreto de potássio. Cada componente tem um papel específico: o bicarbonato corrige a acidose metabólica, a glicose fornece energia e facilita a absorção de água, enquanto o sódio e o potássio ajudam a reequilibrar os níveis de fluidos e eletrólitos.
É essencial iniciar o tratamento ao primeiro sinal de desidratação. Para um bezerro de 50 kg com 8% de desidratação, recomenda-se administrar ao menos 4 litros de soro por dia, ajustando conforme a gravidade.
O uso de soro oral é uma medida eficaz e acessível, devendo fazer parte do manejo diário nas fazendas. Além de reidratar, ele estimula o apetite e acelera a recuperação, independentemente da causa subjacente da doença.
